Os versos de António Machado (1901) “Caminhante, não há caminho, faz-se caminho ao andar” alertam-nos para os perigos das predeterminações.
As posições unívocas, rígidas e polarizadas entram em contradição com o humano (e, consequentemente, com a psicanálise) na sua essência, impedindo a tolerância à dúvida, ao mistério e à incerteza que nos tomam neste momento.
No caminho para uma “nova normalidade” que se (re)conquistem algumas das mais humanas caraterísticas, como a solidariedade, a bondade ou a criatividade. Caraterísticas que apenas podem ser adquiridas na relação verdadeira com o outro e que, uma vez desenvolvidas, possibilitarão tolerar as incertezas do percurso.