João dos Santos, pedagogo e médico psicanalista, dizia que a arte de educar, de curar e de amar são uma e a mesma coisa.
O tempo tem vários tempos, consoante a idade e consoante as experiências emocionais; no entanto há duas alturas da vida onde o tempo se aproxima: quando se cresce, pequenino, e quando se perscruta o horizonte, certo de lá chegar. Em ambas essas idades do homem o tempo é precioso e preenchido por milhares de experiências únicas. Por isso os seniores sábios não se querem conformar e por isso as crianças conformadas não estão saudáveis.
Mas, por entre a imaginação e o olhar que a máscara não esconde, a relação, a tolerância e o bom senso podem permitir retomar a vida, e, nela, a nossa liberdade. Lembra a pergunta da Esfinge a Édipo. Talvez a Esfinge, nesse tempo longínquo intuísse que a liberdade está ligada à sabedoria.