A resiliência humana surpreende pela criatividade inesperada de tolerar desilusões, de contornar o desfazer de certezas, e de voltar a encontrar espaço afetivo, capaz de organizar esperança que oriente e dê sentido ao presente.
Por vezes, invertemos e distorcemos a realidade na sua forma mais brutal, convertendo a ameaça e o medo circundante, numa atitude de banalização e indiferença, que apenas revela a impotência e a fragilidade. Neste instável campo de incertezas parece compreensível amplificar desproporcionalmente o efeito das pequenas descobertas que vamos partilhando, atribuindo heroísmos e genialidade a eventuais soluções, pessoas ou instituições. Por momentos, sorrimos mais tranquilos, abafando o confronto com a fragilidade humana, para assim prosseguir.