“Normalizar” a vida é promessa de uma vivência de segurança e quietude que só transitoriamente acontece. O mundo tem sido assolado por muitas convulsões e as “normalidades” têm vindo a suceder-se, cada uma diferente da que a precedeu. Essencialmente, o que tem mudado no percurso são as estratégias e as intensidades – fertilizantes de resiliência – no convívio rotineiro com a nossa humanidade que tem vivido os seus mesmos problemas de maneiras diferentes no mundo da vulnerabilidade que é onde todos nós habitamos.
Na mais sadia das possibilidades, a história passada integra-se na história futura.
A mudança para a “normalidade” que se segue foi inesperada, é abrupta e violenta mas, como em outras catástrofes, a força da vida impõe-se e as pessoas sempre encontrarão meios de a viver.