Nada de conclusivo prova que o Sars-Cov2 nos chegue ao cérebro, mas o certo é que há muito que nos subiu à “cabeça”!
A desinformação e a menção a episódios de transgressão de leis anti-Covid continuam a imperar.
Contudo, a coragem vem-nos de uma taxa de infeção a decrescer e de surgirem notícias acerca do potencial de uma nova vacina.
A tristeza mantém-se com as mortes anunciadas e a incerteza com as reuniões inacabadas.
Um foco aqui, outro ali, em vários locais do mundo mantém-nos em suspenso e atentos. Será que conseguimos aprender a protegermo-nos? E vivendo o presente mas com os olhos postos no futuro próximo surgem as inquietações que já tão bem vamos conhecendo. Algumas ainda não são nomeáveis e parecem desvanecer-se ao sol, à água e ao repouso. Mas logo voltam e nos questionam: Como vai ser?
O mundo está de pés para o ar mas com jeitinho a gravidade vai pondo algumas coisas no lugar.
Por vezes, parece que não sabemos muito bem para onde ir, mas como nos diz o poeta:
“Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
— Sei que não vou por aí.” ( José Régio, Cântico Negro “Vem por aqui”)