“Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida tornar-se-á violenta e tudo se perderá” – Charles Chaplin[1]
A sociedade pós-moderna estava a propor um modelo de subjetividade em que se silenciam as possibilidades de reinvenção do sujeito e do mundo. O narcisismo celebrava as aparências, condenando a pessoa à solidão e destruição de si mesma, na convicção inabalável do valor desse empreendimento.
Ao prometer um lugar de primazia à razão, o sujeito descuidou-se da subjetividade; ao insistir no predomínio dos discursos racionalistas, afastou-se da noção de alteridade como valor. Ao propor normas para produzir, supostamente, igualdades cada vez maiores, abriram-se espaços de desigualdades, dissolvendo laços sociais e diminuindo espaços de subjetividade.
E surgiu uma pandemia… E multiplicaram-se os actos de Solidariedade… E surge um Pensamento potenciador de Esperança e de Transformação… E (re)surgiram as Utopias…
“Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror” – Charles Chaplin (Chaplin: Vida e Pensamentos. São Paulo: Martin Claret, 1997)
[1] Charles Chaplin, Último Discurso do Grande Ditador, filme, 1940